4.03.2009

Que entrem os convidados...

Ainda me doem os ouvidos do último ensaio. Três guitarras conseguem furar tímpanos de vez em quando... ainda mais quando as músicas não seguem o curso natural das coisas no que toca às bandas pós-30 anos (começar a tocar canções com um ritmo Bossa-Nova; fundar um quinteto de Jazz; criar um projecto de World Music, etc.).
Provavelmente, a coisa mais desconcertante - mas, ao mesmo tempo, mais interessante - de ter uma banda nova (ou «em construção») é a de não saber por onde vamos. Já ouvi alguém dizer que algumas ideias soavam a (até tenho vergonha de escrever isto...) Jack Johnson; outras a Murangus (quem são esses?!); outras a sonoridades mais fortes (a primeira ideia que trabalhámos tem, na minha opinião, o seu que de bandas como Dreag e Come; algo, no mínimo, estranho). E outras roçam a histeria (no bom e no mau sentido), como se o Rudi Trouvé tivesse entrado de rompante no local de ensaio, surrupiasse uma guitarra e começasse a tocar connosco. Daí que o sentimento seja, no devido sentido do termo, desconcertante: nunca sabemos se o convidado que nos vai entrar porta adentro nos vai oferecer uma garrafa de um bom tinto ou se, ao invés, nos vai partir a mobília toda...

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